Na rua, desconfiança do policial, assalto. Que segurança? Nada. Selva de pedras e de balas.
domingo, 20 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Morte Moral
Viver diante de tanta alienação é como um espinho no interior do meu globo ocular. Quanto mais reviro os olhos em agonia, pioro as feridas e fico mais cega.
18/02/2008
Nunca houve palavra tão falsa e verdadeira, sentimento tão forte que se tornou tão impróprio na boca do homem. Língua ferina aquela que diz amar sem sequer saber quem ou a quê ama. As palavras perdem seu real sentido quando proferidas sem razão, não diga que adora sem saber que isto é mais do que um gesto de carinho. Adorar, amar tudo isso vai muito além do que muitas pessoas sequer se permitiriam alcançar algum dia no que se diz respeito a sentimentos verdadeiros.
Aprenda a medir suas palavras e usá-las em seu significado mais puro. Amar sem saber a quem é prender-se a um sentimento vazio querendo torná-lo parte do seu mundo, sem poder. Não vulgarize seus sentimentos porque afinal, é o que resta de uma vida onde se acaba a vontade de interpretar no teatro de leréias.
Ame, odeie, sinta, mas não finja fazê-los. Quando olhar pra trás, vai perceber o peso da efemeridade da vida que carregamos nos ombros e que nos faz cada vez mais, curvar-nos perante o inevitável. O olhar de esperança, os amigos e filhos evanescem como se nunca tivessem existido. Nossos olhos ficam fundos e se cobrem de rugas, nossa pele, antes tão macia, assemelha-se à cera da vela, à medida que se derrete e nos revela. Somos feitos da matéria como todo o resto. Somos um resto de tudo. Não somos nada. Somos o que sentimos.
Amo. Senão seria vazia! Esse amor, no entanto, é impossível. Então sofro. Sofro por não ter o que desejo. O que seria de mim sem o sofrer? Vivo. Vivo porque viver não é fingir estar acima dos seus sentimentos. É senti-los com cada pedaço da sua alma e abraçá-los pra conseguir saborear cada gota de amor ou ódio que o universo oferece.
Aprenda a medir suas palavras e usá-las em seu significado mais puro. Amar sem saber a quem é prender-se a um sentimento vazio querendo torná-lo parte do seu mundo, sem poder. Não vulgarize seus sentimentos porque afinal, é o que resta de uma vida onde se acaba a vontade de interpretar no teatro de leréias.
Ame, odeie, sinta, mas não finja fazê-los. Quando olhar pra trás, vai perceber o peso da efemeridade da vida que carregamos nos ombros e que nos faz cada vez mais, curvar-nos perante o inevitável. O olhar de esperança, os amigos e filhos evanescem como se nunca tivessem existido. Nossos olhos ficam fundos e se cobrem de rugas, nossa pele, antes tão macia, assemelha-se à cera da vela, à medida que se derrete e nos revela. Somos feitos da matéria como todo o resto. Somos um resto de tudo. Não somos nada. Somos o que sentimos.
Amo. Senão seria vazia! Esse amor, no entanto, é impossível. Então sofro. Sofro por não ter o que desejo. O que seria de mim sem o sofrer? Vivo. Vivo porque viver não é fingir estar acima dos seus sentimentos. É senti-los com cada pedaço da sua alma e abraçá-los pra conseguir saborear cada gota de amor ou ódio que o universo oferece.
12/05/2008
O ódio chega a ser tão forte, que em algum momento não se sabe se deve aprová-lo ou rejeitá-lo. Principalmente quando ele se encontra em sua forma fetal.
Hic et ubique
Uma voz diz a um cidadão:
-Bata com a mão na mesa todos os dias, de meia em meia hora.
O homem chateado responde:
-Mas isto vai ser difícil!
-É para que desenvolva força no braço.
Durante anos o homem vive com o hábito, até que certo dia a mesma voz, levemente mais grave, diz:
-Chega de bater na mesa, o que fará agora é bater os pés no chão.
Irritado e profundamente humilhado o homem brada:
-Maldito! De nada me valem os braços agora!
Nenhuma voz nega.
terça-feira, 15 de junho de 2010
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